Representantes das centrais sindicais se reuniram no dia 10/02 com os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em mais um esforço para pressionar o Congresso Nacional a derrubar as duas medidas provisórias (MPs 664,665), que limitaram o acesso a uma série de benefícios trabalhistas, entre os quais o seguro-desemprego.
Editadas em dezembro pela presidente Dilma Rousseff como a primeira medida de “ajuste” da economia, as duas MPs já receberam mais de 600 emendas que pretendem modificar o texto. Nas reuniões com Cunha e Renan, os sindicalistas argumentaram que as modificações prejudicam os trabalhadores e pediram que fossem derrubadas ou alteradas significativamente.
Eduardo Cunha se dispôs abrir “mesas de negociação”, na tentativa de buscar um acordo entre governo e sindicalistas.
Já o presidente do Senado opinou, ao final da reunião com os sindicalistas, que não se pode “transferir a conta do ajuste para o trabalhador”, mas não adiantou sua posição sobre as medidas provisórias.
Os sindicalistas entregaram aos deputados um documento que repudia as medidas provisórias que dificultam a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.
Para o presidente do Sindesporte, Jachson Sena Marques, a alteração nas regras trabalhistas podem ser uma “porta de entrada” para que outros direitos sejam retirados da classe trabalhadora, “vamos continuar a pressão para derrubar de vez este projeto maléfico”. diz Jachson.