Na reunião realizada terça, dia 3, entre seis Centrais Sindicais e os ministros Miguel Rossetto (Secretária-geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência Social), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego), não houve acordo quanto à revogação das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que dificultam a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários.
As Centrais decidiram levar para o Congresso Nacional a negociação sobre o tema. Reunião com o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a fim de derrubar as Medidas Provisórias, está marcada para a próxima terça, dia 10.
Segundo o presidente do Sindesporte (filiado à Nova Central), Jachson Sena Marques, o rombo nas contas públicas não foi feito pelos trabalhadores. Ele critica: “Porém, na hora de pagar a conta, somos os primeiros a ser chamados”. Jachson aponta outras maneiras de o governo aumentar arrecadação. “O Trabalhador não pode e não deve pagar essa conta. Veja: enquanto carros pagam IPVA, helicópteros, aviões, barcos, iates e outras embarcações são isentos, e mais, os impostos embutidos nos combustíveis utilizados nestes modelos luxuosos são os mesmos pagos pelo cidadão comum. O Estado poderia taxar grandes fortunas, inclusive as remessas de capital para o exterior, e produtos de alto luxo” desabafa. Ele ainda destaca que a média de lucros anuais dos grandes bancos ultrapassa R$ 20 bilhões, sendo um dos setores que mais dispensa empregados no país. Vale lembrar que, enquanto o trabalhador comum da iniciativa privada se aposenta com limitação de benefícios, obedecendo um teto máximo de R$ 4.663,75, o funcionalismo público, com menos tempo de contribuição, consegue aposentadoria com salário atual.
Trabalhador, essa luta também é sua!
UNIÃO E MOBILIZAÇÃO!
