A situação salarial dos trabalhadores de academias esportivas tornou-se insustentável. O reajuste de 4,86% acordado entre o Sindesporte e o Sindicato das Academias deveria ter sido aplicado desde março, mas, após sete meses, os trabalhadores seguem sem aumento e sem previsão para recebê-los.
A razão para essa demora é clara. Por puro capricho e maldade, o setor patronal insiste em alterar uma cláusula da convenção coletiva, imposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que não diz respeito ao patronal e não traz prejuízo algum às academias.
Esse jogo do sindicato patronal é desumano e demonstra o desprezo pelos trabalhadores e consequentemente por suas famílias. O mínimo que se espera dos proprietários de academias é uma postura diferente, baseada no reconhecimento e valorização de seus funcionários.
Isto significa melhorar as condições básicas de vida, aplicando aumentos maiores nos salários, cesta básica e vale-refeição. Esse é o verdadeiro respeito por aqueles que contribuem diretamente para o sucesso das academias.
Diante desta situação provocada pelo sindicato patronal, as academias ainda terão que pagar o reajuste que está acumulado em 34% retroativo a março.
Dissídio Coletivo. O Sindesporte está preparando uma ação de Dissídio Coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que a tentativa de conciliação terminou com mais uma negativa por parte do setor patronal.
Manteremos os trabalhadores informados sobre o desdobramento deste processo.